O digital influencer Francisco Gleison de Sousa, de 24 anos, conhecido como “Pirangay”, encontrado sem vida na segunda-feira, 20, foi morto após um desentendimento, segundo a Polícia Civil no Ceará. O delegado João Carlos Machado, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), descartou, em coletiva na manhã desta sexta-feira, 24, a hipótese de crime de homofobia. Um adolescente de 16 anos foi apreendido na quinta-feira, 23, suspeito de participar da morte .
Pirangay era conhecido por manter perfil em uma rede social onde publicava vídeos e fotos com conteúdos humorísticos. Ele foi encontrado morto na manhã da segunda-feira, 20, em uma residência no Bairro Parangaba, em Fortaleza. A vítima havia marcado um encontro dele e de um amigo com dois adolescentes que conheceu em redes sociais.
O delegado contou que cada um dos amigos foi para um quarto diferente com um dos adolescentes. Então, um deles enforcou o amigo da vítima. “Acharam que ele estaria morto, passaram para o quarto do digital influencer, quando enforcaram até a morte o Francisco Gleison”, afirmou.
“Foi meio que um desacordo amoroso entre os quatro. Eles não teriam concordado com o que iria acontecer. Os adolescentes ficaram nervosos e acabaram resolvendo matar os dois indivíduos que estavam na casa”, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, um dos adolescentes enforcou o amigo de Gleison, que desmaiou. Em seguida, os dois enforcaram Pirangay, conforme explicou Machado. De acordo com o investigador, o crime não foi premeditado.
Suspeita
Pessoas da comunidade onde a vítima vivia chegaram a suspeitar da participação do amigo, também dono da casa onde o crime ocorreu, mas essa suspeita foi descartada. O policial, inclusive, reforçou que ele sofreu uma tentativa de homicídio.
O amigo do digital influencer conversou com a reportagem na quinta-feira, 23, e confirmou que Gleison conheceu os adolescentes através das redes sociais. “Esses adolescentes, o Pirangay conheceu nas redes sociais. Eu não os conhecia. Ele marcou um encontro, nós chegamos em casa e meu amigo falou: ‘Vamos pegar os meninos’. Então nós fomos pegá-los no Bairro João XXIII, por volta de 1h ou 2h da manhã, e os trouxemos para minha casa”, relatou.
Repórter Ceará com informações do G1-CE (Foto: Reprodução/Instagram)