O leite vai além de alimento, sendo fonte de renda de seus produtores. Em Quixeramobim, maior bacia leiteira do Ceará, a situação não seria diferente, mas, infelizmente, a venda não chega a um valor aceitável, ficando abaixo da média esperada pelo produtor, que via o leite sair de sua mesa, no início deste ano, ao preço em torno de R$ 1,10 o litro.
Considerando que o Ceará possui a maior indústria de Laticínios do Nordeste e é o segundo maior produtor de leite da região, é, no mínimo, desolador para o produtor ver o fruto de seu trabalho ser desvalorizado, e, apesar de discussões e debates, não observar que os olhos das autoridades se voltem para o setor.
No entanto, com a pandemia e o isolamento, houve aumento no consumo de leite, fortalecendo o setor e valorizando o produto, elevando o seu preço, como foi o caso de Mato Grosso do Sul e outros estados, que viram aumento de até 18% no valor pago ao produtor.
Apesar disso, é preciso considerar que os preços não se manterão no alto sempre. Por isso, estratégias inteligentes e decisões sábias devem ser tomadas para manter o produtor em uma situação confortável no processo de produção e comercialização do leite, não favorecendo somente a um lado da cadeia produtiva.
“O leite é o ouro do Sertão”, já dizia o produtor e empresário José Antunes Mota. É nessa afirmação que se deve seguir lutando, fazendo valer cada mililitro do laticínio para quem trabalha todo os dias para obtê-lo.
1 Minuto Com Sérgio Machado