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Editorial: Quixeramobim – Assistência social na crise é o ato mais humano e responsável de qualquer gestão

Manter a assistência social em meio a crise não deveria ser questão de cobrança, mas de zelo com o público. Em Quixeramobim, a ausência de medidas eficazes para assistir a população no cenário de pandemia tem dificultado a vida dos munícipes, que não encontram segurança, seja alimentar ou financeira.

Anunciar, todo mundo pode. Basta gritar em espaço público ou efetuar uma postagem em rede social. Fazer, de fato, e tornar real aquele anúncio, com uma medida efetiva e permanente (pelo menos durante o período de crise), é o X da equação. Não adianta, por exemplo, informar que será feita a entrega de cestas básicas ou kits de merenda escolar e fazer isso apenas uma vez. Quem tem fome, precisa de alimento para se manter vivo, e não são apenas R$ 150 dados pelo Governo Federal ou R$ 120 provenientes do Governo do Ceará (Cartão Mais Infância) que vão adiantar, afinal, as contas ‘batem na porta’ diariamente.

Na fragilidade econômica causada pelas crises de anos anteriores e intensificada durante a pandemia, o poder de compra caiu e a inflação subiu. Não é possível manter uma família com, no mínimo, três pessoas, que não possuem renda – por conta do desemprego -, sem assistência contínua. E nessa situação, é preciso um combo de fatores que reduzam essa situação desesperadora.

Primeiro, manter a entrega de kits de merenda escolar. Isso é crucial. Em consonância, incentivar o comércio a evitar demissões. Como? Criando um plano de ajuda, reduzindo a carga de tributos pagos pelos comerciantes, para que os trabalhadores possam permanecer em seus empregos, com suas remunerações pagas corretamente. Isso não é novidade para quem está há anos na política.

Ter experiência não significa nada, se não existir sabedoria para saber onde e como aplicar toda essa carga de vivência e aprendizado. Além disso, também é necessário ter empatia. Um gestor que se preze, no escalar da crise, traçaria uma rota alternativa, mesmo com as contas em desequilíbrio, para ajudar a população que o elegeu. Não o contrário, enviando à Câmara dos Vereadores um projeto que permite a inclusão de nomes de clientes de um serviço básico e essencial no cadastro positivo, como o SPC, por exemplo.

Seja como for, os próximos dias e meses não devem ser fáceis para quem não tem de onde tirar 10 centavos de real. Por isso, é vital dar atenção a quem necessita. Ser gestor de uma cidade é fazer jus ao cargo que ocupa e seguir de modelos de sucesso, como de municípios vizinhos. É na crise que um chefe é desafiado a fazer o seu melhor, e é nela que a população mais carece de ações efetivas.

Editorial do Repórter Ceará

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