Home Luto Tarcísio Sardinha morre aos 58 anos em Fortaleza

Tarcísio Sardinha morre aos 58 anos em Fortaleza

Morreu nesta segunda-feira, 25, em Fortaleza, o músico e mestre de tantos artistas cearenses, Tarcísio Sardinha. Ele estava internado em um hospital da Capital desde o dia 9 de janeiro.

Tarcísio Sardinha é considerado um dos maiores nomes do choro contemporâneo. Desde o final da década de 1990 Sardinha ministrava oficinas de choro e de música brasileira.

Vindo de uma família de músicos, Sardinha começou seus estudos musicais como autodidata, aos 11 anos, e profissionalizou-se aos 15, tocando na noite em grupos de baile e nas rodas de choro, paixão que herdou do avô e do pai. O apelido “Sardinha” é alusivo ao famoso violonista Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, e lhe foi dado pelo flautista paulistano Tróglio, criador do Grupo Pixinguinha, do qual Sardinha participou na década de 80, e foi o primeiro grupo a se dedicar profissionalmente ao choro na cidade de Fortaleza.

Multi-instrumentista, compositor, arranjador e virtuoso do violão, Sardinha tem larga experiência na execução e harmonização de diversos estilos musicais, sendo um dos nossos músicos mais completos. Apresentou-se e gravou com artistas como Dominguinhos, Belchior, Fagner, Ednardo, Amelinha, Altamiro Carrilho, Yamandu Costa, Zé da Velha, Silvério Pontes, Maurício Tapajós, Sílvio Caldas; fez a direção musical do show e lançamento do DVD de Zé Menezes, Clementina de Jesus, Zé Renato, Falcão, Fausto Nilo, Waldick Soriano, Zeca Baleiro, entre outros nomes da música popular brasileira.

A Secretaria de Cultura do Ceará lamentou através de nota o falecimento de Tarcísio. Confira:

“Com profunda tristeza comunicamos o falecimento do compositor e multi-instrumentista Tarcísio Sardinha, nesta manhã (25) em Fortaleza, após 3 meses de internação.

Uma perda irreparável para a música brasileira. Sardinha era o mestre de inúmeros músicos, além de professor e arranjador com uma trajetória extensa na música. Um violonista como poucos no país. Seu talento nos palcos e nas salas de aula veio de pequeno. Sendo responsável pela formação de várias gerações de músicos e musicistas em todo o estado.

Nascido em uma família de músicos, começou seus estudos sozinho quando era uma criança. E, logo na adolescência, já era um apaixonado pelo Choro, passando a se apresentar em rodas de chorinho.

Apelidado de Sardinha, lá pelo fim dos anos 1980, quando participou do primeiro grupo profissional de choro de Fortaleza, o Pixinguinha, em uma homenagem ao violonista Aníbal Augusto Sardinha, o músico atuou como professor em oficinas, desde os anos de 1990, e era conhecido por harmonizar nos mais diversos gêneros musicais.

Foi responsável pela direção musical de shows de artistas como Falcão, Fausto Nilo, Zeca Baleiro, Waldick Soriano e Clementina de Jesus, e tocou com músicos como Fagner, Amelinha, Dominguinhos, Belchior e Ednardo.

Em 2021, lançou o disco “Brasileirando”, de 1999, em todas as plataformas digitais. Integram ainda a sua discografia, obras como “Carlinhos Patriolino e Tarcísio Sardinha Ao Vivo” (1998) e “Choro” (2008).

A Secult se solidariza com a família e amigos.

Segue na luz, mestre Sardinha!”

Repórter Ceará 

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