Os municípios cearenses, pelo menos, alguns, já começaram as articulações políticas com foco em 2024, para escolher os candidatos às prefeituras e decidir os sucessores, nos casos em que não for possível a reeleição. Nesse meio, surgiu a possibilidade de algumas cidades terem candidatura única. Não se concebe, nesse contexto, a prática da divergência de ideias e da oportunidade de aparecimento de novas lideranças políticas.
Independente de qual seja o cargo de poder, a candidatura de diferentes chapas para uma Prefeitura, por exemplo, permite ao eleitor a escolha das proposta que mais condizem com seus anseios políticos, econômicos e sociais, e que mais representam suas ideologias. Isso torna cada vez mais democrática a escolha daquele/daquela que comandará a máquina pública.
Se o intuito da candidatura única é facilitar a chegada ao poder, não convém sua aplicação, pois não permite uma avaliação e autocrítica do que possa estar deficitário no serviço público. Com dois ou mais candidatos, a escolha da gestão vigente se torna opcional para a população. Caso algum atual prefeito/prefeita seja reconduzido ao poder, isso representa a validação de suas ações e a permissão para que continue realizando o trabalho que vem fazendo.
Ciclos políticos se encerram e novos iniciam para manter a alternância de poder, natural no rito democrático. Isso deve ser mantido para o bem da democracia e da representação do povo.
Mal saímos de 2022 e já estamos com quase os dois pés em 2024. É preciso ficar de olho nos próximos passos da política cearense.
1 Minuto com Sérgio Machado