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A esperança que caiu do céu e correu pelas terras secas do sertão

A quadra chuvosa do Ceará em 2023 trouxe boas novas para os cearenses, principalmente para quem vive na Bacia do Banabuiú: uma ótima recarga de reservatórios que não se via há mais de uma década.

A barragem de Quixeramobim sangrou e o açude Fogareiro também, assim como Vieirão, entre tantos outros. Além disso, o próprio açude Banabuiú, que dá nome à bacia, recebeu aporte que surpreendeu a todos, ultrapassando os 40% de capacidade. Viver toda essa nova realidade é um sonho para quem passou por uma escassez hídrica tão severa como a dos últimos anos.

Parafraseando um ditado popular, com grandes aportes, vêm grandes responsabilidade. Isso, porque, a abundância não dura para sempre. Até antes de 2010, Quixeramobim e a região do Sertão Central, em sua história recente, não haviam passado por momentos tão críticos em relação aos recursos hídricos, sendo necessário, após 2010, obras emergenciais, como a construção de uma adutora de engate rápido que trouxe água do açude Pedras Brancas para o município.

Com toda essa água que ainda jorra pelos açudes que permanecem sangrando, é preciso um ótimo gerenciamento dos recursos hídricos, com responsabilidade e parcimônia. Aos serviços municipais de água e esgoto, cabe incentivar sempre a economia de água e o quanto é importante valorizar o que hoje temos sobrando.

Para a população, é reservado somente o ato de ser consciente em cada ação e não desperdiçar o que um dia pode faltar.

A esperança caiu do céu em forma de água, encheu o que viu pela frente e transbordou pelas terras secas do sertão. Mas nem sempre o sertão será mar.

Foto: Pedro Machado

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