A recente aprovação do piso salarial dos profissionais de enfermagem no Brasil (Lei Nº 14.581) representou um importante avanço na valorização dessa categoria essencial para o pleno funcionamento do sistema de saúde. A norma provém do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 5/2023. Mais de 800 mil profissionais que atuam como enfermeiros, parteiras, técnicos ou auxiliares de enfermagem foram beneficiados.
No entanto, a aprovação do piso salarial não resolve todos os problemas dessa categoria. Recentemente, foram registrados atrasos no pagamento dos salários em alguns municípios, como Fortaleza, gerando insatisfação e resultando em greves por tempo indeterminado e protestos organizados pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde Ceará) e demais entidades, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e, em seguida, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Sabemos que paralisações como essas podem impactar negativamente o sistema de saúde, com redução da capacidade de atendimento e prejuízo à população. De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), os atendimentos seguem dentro da normalidade. Todavia, segundo Ana Miranda, vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindifort), 70% dos servidores pararam de trabalhar e apenas 30% permanecem atuando.
Os profissionais de enfermagem são uma categoria com forte representatividade e apoio popular. A forma como os governantes lidarão com essa situação pode influenciar diretamente o voto dos eleitores no pleito que se aproxima. Uma das que encabeça o movimento aqui no Ceará é a enfermeira e deputada federal Ana Paula (PDT), conhecida por bater de frente com o prefeito José Sarto (PDT) quando ainda era vereadora de Fortaleza. Vamos acompanhando.
Foto: Divulgação/Sindifort
