Escutei por anos a máxima: quem está fora do poder quer entrar; quem está dentro não deseja sair. E após o bolsonarismo em sua efêmera passagem pelo Planalto Central, entrou em cena a afirmativa:
- “Isso tudo é apenas uma narrativa”.
Pelo sim, pelo não, vi muita gente que participou de gestões públicas em vários recantos da federação, que aceitou ser cúmplice delas e de seus fracassos sem dar um pio sequer, fazendo de conta que era surda e muda, e num toque de mágica passou a tudo observar e cobrar, após ser apiada do poder.
Até mesmo um tambor virado, no logradouro público, obra e arte de algum jovem rebelde, a culpa é do gestor. Ao passo que cultua e incentiva a desobediência civil, para situações que requer do poder público decisões enérgicas.
Agenor Neto, então prefeito de Iguatu, com sua garra e inteligência, cobrou no passado não muito longe que a nossa região “só poderia crescer se fosse uma tarefa pra adultos, cidadãos, e em conjunto de convergência”.
Valeu a sua indicação. Mas não obteve êxito o seu enorme esforço. Diferente do Cariri, dos Inhamuns, da Região Norte, do Sertão Central, falta ao Vale do Salgado e ao Centro Sul, mais amor e bairrismo pelo torrão pátrio.
Muitos utilizam as redes sociais para o menosprezo do nosso lugar, ao passo que comemoram o desenho de uma simples amarelinha em um pedaço de calçada por ordem de um prefeito do sudeste, que sua popularidade era tão somente vestir uma surrada camisa branca e com a frase de que amava sua cidade.
Nota-se facilmente, que uma falsa elite ainda insiste em não aceitar aqueles que se dedicaram à coletividade, e, logicamente, obtiveram sucesso nas urnas e no apoio popular.
Rotular sua insatisfação, como se fosse a opinião coletiva, como ocorre em várias cidades, já não lhe garante o seu juízo de valor que é só seu e demais ninguém.
A democracia, e as urnas, são as verdadeiras vozes das ruas.
E bem define o ex-vereador de Icó, Ademir Maciel: O POVO É QUE DIZ E SABE DE TUDO.