Home Fabrício Moreira da Costa Os grampos do mundo da política

Os grampos do mundo da política

Não é fato novo no ambiente político a busca insensata por descobrir os defeitos dos adversários e, desta forma, tirar proveito de informações que possam ser utilizadas para a contra estratégia ou, quem sabe, para extorquir, desmoralizar e desmanchar o espaço que poderia ser crescente do opositor.

Antônio Carlos Magalhães, o Toinho Malvadeza da Bahia, foi denunciado por violar o painel eletrônico do senado, em 30 de junho de 2001, e após a descoberta, decidiu renunciar ao mandato para preservar seus direitos políticos e arquivar as investigações contra si.

À época, a brava senadora do Estado de Alagoas, Heloísa Helena, ao saber que ACM sabia de todos os resultados dos votos secretos do painel eletrônico, subiu à tribuna e gritou com toda sua coragem de nordestina:

– “Na política posso até aceitar tudo, menos ser refém da memória de um crápula como Vossa Excelência”.

ACM Neto, ao querer defender o avô e líder político, recebeu até o simpático apelido de grampinho, analogia aos fatos do senado e também pela investigação ao ser (o avô) acusado de comandar um esquema de grampos telefônicos ilegais na Bahia, contra adversários políticos.

Outro que não escapou dos adversários, foi o então candidato ao Governo de São Paulo, João Dória, filmado em uma grande orgia com cinco mulheres peladonas.

Mais adiante, Dória anunciou com um laudo em suas mãos, que o vídeo exposto pelos adversários, era uma grande fraude.

Nascia naquele dia a chamada inteligência artificial (IA), que deve transitar com força nas próximas eleições, mesmo com o duro recado do Ministro Alexandre de Moraes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “que sofrerão enormes consequências quem utilizar a Inteligência Artificial para obter votos em seu benefício”.

Também se comenta nos bastidores da política, que em muitos Gabinetes de Ministros, em Brasília, e dos Governadores dos Estados, os telefones são confiscados e guardados com os ajudantes de ordens na recepção, antes de adentrarem nas longas reuniões formais.

E, agora, a imprensa noticia em toda a federação, que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que é o serviço de inteligência civil do Brasil, foi utilizada pela família Bolsonaro como uma agência paralela, para bisbilhotar a vida dos adversários políticos, de Ministros, Governadores, e até mesmo de um personal trainer de um dos filhos do então Chefe da Nação.

Pelo visto, as próximas reuniões e acertos entre os políticos com vistas às eleições vindouras, devem ocorrer dentro de piscinas, evitando, pois, qualquer registro em áudio, porém, entrarão em cena os paparazzis.

Afinal, sem registro algum, qual a graça que teremos no pleito eleitoral de 2024?

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