“Construiu a loja. Inaugurou! E agora? O próximo passo é vender, correto?”. Esse talvez seja o pensamento por trás de muitas gerências de lojas que se instalam em novas cidades, adotando um modelo de venda e divulgação que não é atualizado para o município em que o empreendimento está situado.
Para abrir uma loja, primeiro, é necessário conhecer o público e a concorrência. Diante disso, é preciso escolher um bom local, visível e acessível. Após isso, o próximo passo, é a publicidade e a propaganda, que devem ser personalizados para o município e utilizando os veículos de comunicação locais, que possuem uma capilaridade maior na região, ampliando o público alcançado. Isso pode fazer com que as lojas possam bater suas metas, evitar que baixem suas portas e demitam funcionários.
O caso mais recente em Quixeramobim, no Sertão Central cearense, é o da gigante do varejo brasileiro Casas Bahia. Considerada uma das maiores do ramo no País, a empresa fecha as portas de sua loja no município, inaugurada há menos de 2 anos. Entre os principais pontos que se possa apontar sobre a debilidade do marketing da loja, é a pouca propaganda local. Comerciais de TV na rede nacional não incentivam a ida a loja. Na verdade, promovem mais as vendas digitais do que na loja física. Para mudar isso, seria necessário investir além da TV, buscando rádios locais e impulsionando conteúdo digital para a região.
A exemplo do que ocorreu com a Casas Bahia, as demais lojas do município precisam estar atentas a seus concorrentes e a forma como divulgam seus produtos. Na cidade, há empreendimentos tradicionais, e competir com eles requer um bom jogo de publicidade. E isso também vale para novas lojas que venham a se instalar no município.
Há espaço para todos. Mas é preciso conhecer o chão em que se pisa para saber como caminhar.