Em 2024, A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou 96 casos de febre oropouche, conforme boletim epidemiológico divulgado no dia 2 de agosto. De acordo com a pasta, a distribuição se concentra em cinco municípios cearenses, principalmente na região do Maciço de Baturité.
O município de Pacoti lidera o ranking de casos no Estado, com 28. Ele é seguido por Mulungu (26), Aratuba (22), Redenção (17) e Palmácia (03). A maioria dos pacientes residem ou frequentam a zona rural de seus municípios. Três infectadas são gestantes. Não houve registro de agravamento do quadro clínico de nenhum dos casos, ou seja, não foram registradas mortes.
A concentração de casos tem relação com as características de reprodução do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora, entre outras denominações, que prefere áreas com maior umidade do ar, vale ou áreas baixas de encostas com água corrente e solos deposição de matéria orgânica.
A febre oropouche é de uma doença viral, no entanto, não há registros de transmissão direta entre pessoas. Somente do mosquito para seres humanos.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses, como a dengue, o que ressalta a importância de um diagnóstico diferencial por meios laboratoriais. A detecção da doença é feita por um teste, que utiliza biologia molecular e busca o material genético do vírus.
Apesar dos casos confirmados, a Secretaria da Saúde do Ceará informa que até o momento não há indicação de uma ameaça iminente à saúde pública, já que a maioria dos casos cursa com sintomas leves e autolimitados.