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Negacionismo e o retorno das epidemias: o perigo da recusa em vacinar crianças no Ceará

Essa queda na adesão às campanhas de vacinação tem contribuído para o reaparecimento de doenças que já estavam controladas, como o sarampo, a poliomielite e a coqueluche, colocando em risco a vida de milhares de pessoas

Foto: Thiago Gaspar/Governo do Ceará

A recusa em vacinar crianças representa um grave risco à saúde pública, especialmente no contexto cearense, onde movimentos negacionistas e anti-vacina ganharam força durante a pandemia de COVID-19. Essas correntes, que questionaram a eficácia e a segurança das vacinas, deixaram um legado perigoso: a redução da busca por imunizações essenciais, como as contra a gripe H1N1, que antes não eram objeto de contestação.

Essa queda na adesão às campanhas de vacinação tem contribuído para o reaparecimento de doenças que já estavam controladas, como o sarampo, a poliomielite e a coqueluche, colocando em risco a vida de milhares de pessoas. A falsa sensação de segurança, alimentada pela diminuição da incidência dessas doenças, fez com que parte da população esquecesse os riscos que elas representam. Doenças que não eram vistas há anos começam a ressurgir, expondo uma nova geração a perigos que poderiam ser facilmente evitados com a imunização adequada.

Segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Avaaz, um em cada quatro brasileiros deixou de vacinar a si ou a uma criança sob seus cuidados. Esse dado reflete um cenário preocupante, onde o medo dos efeitos colaterais da vacina pode, paradoxalmente, desencadear efeitos colaterais muito mais graves para a sociedade.

De acordo com matéria do Diário do Nordeste, no Ceará, a preocupação com a redução nas taxas de vacinação levou à implementação de estratégias como a vacinação porta a porta e as visitas escolares para atingir principalmente as crianças, as mais vulneráveis a essas doenças. É importante que essa mobilização seja contínua e o poder público intensifique as campanhas de conscientização.

A vacinação não deve ser vista apenas como uma escolha individual, mas como uma responsabilidade coletiva, pois a imunidade de grupo é o que protege aqueles que, por razões médicas, não podem ser vacinados. Sem uma adesão massiva da população, mesmo a melhor vacina do mundo perde sua eficácia, deixando a porta aberta para a volta de epidemias que já haviam sido erradicadas.

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