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Censo 2022 revela 4 mil pessoas vivendo em domicílios improvisados no Ceará

O levantamento também apontou que 27 pessoas vivem em veículos, como carros, caminhões, trailers e até barcos, uma alternativa que reflete a ausência de uma habitação fixa e a necessidade de adaptação em meios de transporte

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Censo 2022 trouxe à tona uma realidade preocupante no Ceará: 4.007 pessoas estão vivendo em domicílios improvisados. O levantamento do IBGE detalha as condições de moradia precária de milhares de cearenses, que residem em estruturas não convencionais e em condições de vulnerabilidade extrema.

Dentre os dados revelados, 980 pessoas estão abrigadas em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido, muitas vezes expostas às intempéries e à falta de infraestrutura básica. Além disso, 452 pessoas estão vivendo em abrigos naturais, como cavernas, uma alternativa extrema e perigosa para quem não tem outra opção de moradia.

Outro dado preocupante é o de 1.863 pessoas que residem dentro de estabelecimentos em funcionamento, como lojas e igrejas, muitas vezes utilizando esses espaços como abrigo temporário. A precariedade das moradias se agrava para as 362 pessoas que vivem sob estruturas improvisadas em logradouros públicos, como viadutos, e outras 323 que moram em construções degradadas ou inacabadas, sem qualquer estrutura residencial adequada.

O levantamento também apontou que 27 pessoas vivem em veículos, como carros, caminhões, trailers e até barcos, uma alternativa que reflete a ausência de uma habitação fixa e a necessidade de adaptação em meios de transporte.

Esses números evidenciam a urgência de políticas públicas habitacionais e sociais para atender as necessidades dessas populações vulneráveis e enfrentar o déficit habitacional que assola o estado do Ceará.

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