O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal deflagraram, nesta sexta-feira, 4, a Operação Mercato Clauso, que cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Canindé, Fortaleza e Choró. Foram apreendidos R$ 600 mil em dinheiro, além de equipamentos eletrônicos. O objetivo da ação é garantir a lisura do processo eleitoral e impedir a tentativa de influência de grupos criminosos nas eleições municipais de 2024.
A investigação no MP é conduzida pelo promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto que, em parceria com a Polícia Federal, recebeu denúncias da existência de um suposto esquema de compra de votos, envolvendo um grupo criminoso organizado. Esse grupo, composto por familiares e associados, estaria oferecendo vantagens materiais e financeiras, com indícios da utilização de recursos ilícitos oriundos de contratos fraudulentos com entes públicos, para financiar campanhas eleitorais.
A Polícia Federal apreendeu ainda R$ 600 mil reais em espécie com um indivíduo vinculado ao grupo, que supostamente seriam usados para a compra de votos. Em seguida, os depoimentos, apreensões e relatórios policiais indicam que o grupo, além tentar influenciar o processo eleitoral, também teria aproximação com célula criminosa que deteria controle territorial de algumas áreas por meio de intimidação e coação de eleitores.
“O Ministério Público, por meio da Promotoria da 33ª Zona Eleitoral, vem realizando um trabalho de fiscalização para que não haja desigualdade no pleito, assegurando a integridade do processo democrático e impedindo a ação de grupos que possam cometer abuso do poder econômico nas eleições municipais”, destaca o promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto.
O nome da operação, Mercato clauso, significa “Mercado fechado”, e se refere a um mercado que está fechado ou fora de operação.