A Meta anunciou uma série de alterações significativas em suas políticas e programas internos, que têm gerado reações diversas. Entre as mudanças, estão revisões de regras contra discursos de ódio e o encerramento de iniciativas voltadas à diversidade, além de mudanças na checagem de fatos em suas plataformas.
Alterações nas regras de conteúdo
A empresa apagou restrições específicas de suas políticas contra discursos ofensivos e preconceituosos. Dentre as alterações, não são mais proibidas as seguintes práticas:
– Comparar mulheres a “objetos domésticos”, “propriedade” ou “objetos em geral”.
– Expressar que um gênero é superior a outro.
– Se declarar intolerante em relação a outros grupos, como “homofóbico”, “racista” ou “islamofóbico”.
– Atribuir a responsabilidade pela existência do coronavírus a uma pessoa ou grupo específico.
– Referir-se a pessoas transgênero ou não-binárias com pronomes pejorativos, como o pronome “it” na versão em inglês.
Grupos LGBTQIA+ criticaram especialmente a retirada do trecho sobre pronomes, destacando que ele era uma proteção contra práticas discriminatórias.
Fim do programa de diversidade
A Meta também confirmou o encerramento de seu programa interno de diversidade, equidade e inclusão. A iniciativa, que abarcava ações de contratação, treinamento e seleção de fornecedores, será descontinuada.
De acordo com um comunicado enviado aos funcionários, a empresa afirmou que irá “se concentrar em práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, independentemente de sua origem”. A decisão, porém, levantou questionamentos sobre o futuro das ações afirmativas no ambiente corporativo da Meta.
Checagem de fatos e parceria controversa
Outra mudança anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, é o fim da checagem de fatos por terceiros no Facebook, Instagram e Threads. Em uma publicação, Zuckerberg afirmou que a Meta trabalhará com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para combater o que chamou de “tentativas de censura”.
As decisões sinalizam um reposicionamento estratégico da Meta em direção a uma abordagem mais “neutra” em suas plataformas, mas também geraram críticas por enfraquecerem políticas que protegiam grupos vulneráveis e promoviam diversidade.