A música cearense é um patrimônio vivo, um grito que ecoa das ruas, dos palcos, das rádios e das plataformas digitais. É identidade, resistência e, acima de tudo, uma manifestação cultural que precisa ser reconhecida e valorizada. No entanto, ainda nos deparamos com uma dura realidade: a falta de apoio efetivo para que nossos artistas alcancem o espaço e o respeito que merecem.
Ednardo, um dos maiores nomes da música nordestina, é um exemplo da força cultural do Ceará. Sua trajetória inspirou gerações e abriu caminhos para novos talentos, mas até hoje a luta por visibilidade e reconhecimento continua. Artistas como Pingo, Calé Alencar, Mimi Rocha, Isaac Cândido, Khalil Goch, Alan Kardec e tantos outros carregam consigo essa chama, mantendo viva a tradição e inovando com novas sonoridades. São eles que, com garra e paixão, fazem a música cearense pulsar e se reinventar.
No entanto, sem incentivo, sem estrutura e sem uma comunicação forte para ampliar suas vozes, muitos desses talentos seguem invisibilizados. É preciso que os órgãos públicos compreendam a importância da cultura não apenas como entretenimento, mas como um motor de identidade e desenvolvimento. Apoiar a música cearense não é um favor, é um compromisso com a história e o futuro do nosso estado.
A comunicação tem um papel fundamental nesse processo. As rádios, TVs, jornais e plataformas digitais são pontes entre os artistas e o público. Mas para que essa ponte seja eficiente, é preciso que a cultura receba investimentos, espaço e prioridade. Não podemos permitir que nossa arte seja sufocada pela falta de incentivo.
O Ceará é terra de grandes músicos, compositores e intérpretes. Nossa cultura é rica, diversa e potente. Mas para que ela continue a florescer, é preciso ação. Acorda, Fortaleza! Acorda, Ceará! É hora de dar à nossa música o reconhecimento que ela merece.