A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu, de entidades médicas, um parecer defendendo a mamografia de rastreio para mulheres de 40 a 74 anos.
O documento, elaborado em conjunto pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, destaca os números envolvendo câncer de mama no Brasil. De acordo com os dados, em 2024, 22% das mulheres que morreram por câncer de mama no Brasil tinham menos de 50 anos, e 34% tinham mais de 70.
O parecer ainda aponta que houve um crescimento de casos de câncer em mulheres mais jovens, com tumores geralmente mais agressivos e com maior risco de metástase.
O intuito do documento é modificar o critério a ser usado pela Agência para certificar planos de saúde em seu novo programa de valorização das boas práticas no tratamento do câncer.
As entidades médicas alegam que as mamografias para mulheres com idades entre 50 e 69 anos excluem uma parcela importante da população, por isso o exame deve incluir pessoas a partir de 40 até 74 anos.
“O diagnóstico precoce também é custo-efetivo e se associa a benefícios econômicos, porque reduz os custos do tratamento, ao evitar terapias caras para cânceres em estágios avançados”, destacam as entidades.