A Sexta-Feira Santa, também conhecida como Sexta-Feira da Paixão, é um dos momentos mais solenes do calendário cristão. Celebrada na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, a data rememora a crucificação e morte de Jesus Cristo, ocorrida por volta do ano 30 d.C., durante o domínio romano na Palestina. Condenado à morte por crucificação após ser considerado uma ameaça pela elite religiosa judaica e pelas autoridades romanas, Jesus foi julgado por Pôncio Pilatos, torturado e executado no Calvário. Esses eventos históricos, narrados nos Evangelhos, marcaram profundamente a tradição cristã.
O dia carrega um simbolismo espiritual intenso, utilizado para o silêncio e introspecção, onde os fiéis cristão relembram o sofrimento de Cristo como prova de seu amor incondicional pela humanidade. A cruz, que um dia foi instrumento de execução, tornou-se o maior símbolo da fé cristã: expressão de sacrifício, redenção e esperança. Rituais como a Via Sacra, o jejum e orações especiais ajudam os cristãos a vivenciarem esse momento de forma mais profunda e significativa.
Do ponto de vista da fé, a morte de Jesus não representa o fim, mas o cumprimento de uma promessa. A ressurreição celebrada no Domingo de Páscoa, após a Sexta-Feira Santa, reforça a ideia de que, mesmo em meio à dor, a esperança permanece.
A Sexta-Feira Santa também é um chamado ao silêncio interior, à compaixão e à empatia.