Home Geral Pai, avô, advogado e político: conheça a história de Leorne Belém

Pai, avô, advogado e político: conheça a história de Leorne Belém

Nascido em Quixeramobim em 23 de abril de 1938, Leorne Menescal Belém de Holanda era filho do casal Luiz Gonzaga Frota de Holanda (Luiz Cinico) e de Zaine Belém, nascida no Líbano

Foto: Arquivo pessoal

Nascido em Quixeramobim em 23 de abril de 1938, Leorne Menescal Belém de Holanda era filho do casal Luiz Gonzaga Frota de Holanda (Luiz Cinico) e de Zaine Belém, nascida no Líbano. Aos 6 anos de idade residiu na Fazenda Muxuré, então de propriedade do seu tio, Capitão Otávio Frota. Foi alfabetizado na escola da professora Estela Machado e cursou o primário no antigo Grupo Escolar Assis Bezerra, tendo sido, também, aluno da professora Áurea Fernandes.

Aos 12 anos, juntamente com o seu irmão João, levados pela tia, Labibe Belém, foram para o Rio de Janeiro, à época capital da República, onde ingressaram no Colégio Pedro II-Internato, localizado no antigo Campo de São Cristovão, pertencente ao Ministério de Educação e Cultura e considerado o estabelecimento de ensino padrão do Brasil. Ali permaneceu até 1957, tendo concluído os cursos ginasial e científico.

Foi membro do Grêmio do Colégio, tendo sido seu presidente. Aprovado em concurso realizado no Rio de Janeiro sobre a história luso-brasileiro, foi premiado com mais quatro colegas com uma viagem a Portugal, iniciando precocemente sua saga internacional, que o haveria de levar, repetidas vezes, a países da América, Europa, Ásia e África. Jamais perdeu o vínculo com a sua querida terra natal, Quixeramobim, para onde vinha nos períodos de férias, tendo, àquela época, sido um dos fundadores do Grêmio Dom Quintino e do jornal O Quixeramobim, ao lado, entre outros, de Alfredo Machado, Eudoro Santana, Marum Simão, Vicente Câmara, Antônio Fernandes e Ciro Saraiva. Retornando ao Ceará, foi aprovado em vestibular para a Faculdade de Direito da UFC, onde se matriculou em 1958.

Foi vice-presidente, por duas vezes, e presidente do Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua, na ocasião a mais pujante e representativa entidade estudantil do estado. Ao concluir o curso de Direito, foi o orador da turma Farias Brito, escolhido em concurso do qual participaram vários e brilhantes colegas. Foi aluno do antigo CPOR e declarado aspirante em 1960, sendo, igualmente, o orador da Turma Bernardo Sayão. Enquanto estudante, foi locutor e repórter da antiga Rádio Verdes Mares. Trabalhou na Companhia Seguradora Brasileira e no Grupo Votorantim, como Diretor Gerente da Fábrica de Cimento em implantação na cidade de Sobral.

Já bacharel em Direito, foi advogado de ofício junto a Auditoria Militar recém instalada em Fortaleza. Foi Diretor Assistente e Assessor Jurídico do Grupo C. Rolim, de 1965 a 1970. Sempre fascinado pela política, onde começou a militar no Departamento Estudantil da antiga UDN (União Democrática Nacional), foi eleito Deputado Estadual em 1970 e reeleito em 1974. Incentivado pelas suas bases eleitorais, foi eleito Deputado Federal  em 1978 e reeleito em 1982. Em Brasília, entre outras atividades, foi vice líder da sua bancada e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, sendo o único  parlamentar eleito pelo Ceará que, até hoje, exerceu esse importante cargo.

Não tendo pleiteado a sua reeleição em 1986, voltou às suas atividades profissionais, tendo como colega de escritório o seu conterrâneo Ricardo Machado, no início da sua brilhante carreira. No exercício dos seus quatro mandatos parlamentares, teve o privilégio de colaborar com as administrações dos prefeitos Alfredo Machado, Álvaro Carneiro e Osvaldo Martins, participando das suas inúmeras e marcantes realizações. Exerceu, no Governo Collor-Itamar, por quatro anos, a Superintendência da Legião Brasileira de Assistência, onde, graças a colaboração dos seus zelosos  e dedicados servidores, teve destacada atuação.

Já foi tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, foi conselheiro da entidade Amigos em Ação voltada para o exercício de ações filantrópicas em Fortaleza e Aquiraz. Visitava Quixeramobim constantemente, preservando as suas raízes sentimentais e participando de todos os eventos cívicos ali realizados. Leorne era casado há mais de 50 anos com a Dra. Suely Nogueira de Holanda, por quem se apaixonou ainda nos bancos da Faculdade. Com ela, teve dois filhos, Renata e Rodrigo, e era avô de José Alberto, João Marcelo, Lucas e Caio.

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