A primeira audiência de instrução do caso da jovem Natany Alves, de 20 anos, raptada em Quixeramobim e assassinada em Banabuiú, no Sertão Central, foi suspensa por determinação da Justiça Estadual na última quarta-feira, 28. O motivo foi a necessidade de nomeação de defensores públicos distintos para os três réus. O crime ocorreu em 16 de fevereiro deste ano.
Até a data da audiência, apenas um defensor público representava os acusados Francisco Márcio Freire, Francisco Teodósio Ramos Neto e Jardson do Nascimento Silva. Segundo o Diário do Nordeste, durante o interrogatório, os réus trocaram acusações e tentaram se eximir da culpa, apresentando versões conflitantes.
Diante disso, a própria Defensoria Pública solicitou ao juiz a designação de novos defensores, com base na divergência dos depoimentos e no surgimento de teses contraditórias entre os réus.
“Quando há versões divergentes entre acusados — especialmente quando um responsabiliza o outro — a Defensoria designa defensores distintos para garantir a defesa técnica individual de cada um, conforme assegurado pela legislação vigente”, destacou o órgão.
Os advogados Leandro Vasques, Holanda Segundo e Marina Torquato, que representam a família de Natany no processo, destacaram que a “suspensão da audiência decorre de uma decisão muito prudente do magistrado, o qual vem conduzindo o processo muito comprometido com a legalidade, a fim de evitar eventuais alegações de nulidade pela defesa”.
As testemunhas de acusação, incluindo policiais civis e militares envolvidos nas prisões dos acusados, serão ouvidas em nova data, ainda não definida, pois depende da nomeação dos novos defensores.
O processo tramita sob sigilo na 2ª Vara Criminal da Comarca de Quixadá.
