Você já ouviu falar em “coisa para inglês ver”? Uma delas foi o esporte mais praticado pelos brasileiros: o Futebol. Mas essa modalidade com as devidas orientações e regras para as competições se deve aos britânicos. O jovem paulista Charles Miller traz a nova modalidade para o Brasil onde passa a ser praticada por todas as camadas sociais dos mais distantes recantos da Nação. A bola era o brinquedo mais desejado pelos meninos tão logo davam as primeiras passadas. Surgem entidades gestoras, clubes esportivos e seus Times profissionais. Como lazer as “Peladas” sempre atraem grupos que se encontram em campos de várzeas, praias, quadras, praças ou qualquer área livre onde a pelota corre.
No decorrer das competições surgiram dois elementos fundamentais: a Torcida e seus Ídolos, dentre estes um foi consagrado REI por sua habilidade demonstrada em estádios mundo afora. Antes de completar 18 anos Edson Arantes do Nascimento e seus companheiros conquistam o primeiro título mundial para o Brasil; era 1958 e estavam na Suécia. Quatro anos depois, na Copa jogada no Chile, o Brasil alcança o bicampeonato.
O time com Pelé, Garrincha, Zagalo e outros craques tornava nosso país a referência futebolística. Pouco se falava na tristeza da Copa de 1950 e sua final no Maracanã. Outros troféus foram levantados e novos craques despontaram, mas nada apaga os méritos daqueles atletas do passado.
Mas aproveito esse contexto para expressar uma situação que nos abalou há dois anos e meio: o falecimento do “Rei Pelé” e seu velório na Vila Belmiro – o Estádio no qual ele se projetou para
o mundo. Assistindo pela TV, me sensibilizei muito ao observar o
carinho e a emoção de anônimos e de ilustres que foram render as últimas homenagens ao Ídolo. O Presidente da República e outras autoridades, os antigos e atuais jogadores do Santos e caravanas de muitas outras cidades estiveram lá. Entretanto quero destacar três “Brasileiros” que eu já admirava e cresceram em meu afeto: Mário Jorge Lobo ZAGALO e OSMAR SANTOS – ambos com a saúde limitada por graves sequelas nos órgãos locomotores e na fala estiveram juntos com a família do amigo. Outro Cidadão que foi um craque com a pelota e também esteve lá – AFONSINHO, médico, já aposentado continua sendo um Cidadão consciente da sua função social – exerce seu trabalho no Programa “Saúde da Família”. Ele mora na Ilha de Paquetá/Rio de Janeiro e depois da viagem de Barca buscou outro transporte e conseguiu reverenciar o ídolo.
Surpreendeu-me negativamente a ausência dos atletas da turma mais jovem, endinheirada, que tem até avião particular, mas não foram reverenciar aquele que abriu o Mundo que enriquece esses que hoje jogam mais na mídia que nos gramados.