Um cão foi brutalmente baleado cinco vezes no bairro Jangurussu, em Fortaleza. Levou tiros na cabeça, no tórax e perdeu um dos olhos. Ele sobreviveu por um verdadeiro milagre, mas agora luta para viver e precisa de cirurgia urgente. É mais um caso que se soma à triste estatística da crueldade contra animais no Ceará.
Até quando vamos tolerar isso?
O Estado assiste a episódios de violência extremamente graves enquanto leis brandas e a falta de ações firmes continuam abrindo espaço para que agressores ajam com a certeza da impunidade. Não dá mais. A sociedade exige punição exemplar com multas significativas, prisão efetiva e trabalho social obrigatório. Quem maltrata um animal precisa sentir o peso da lei e a sociedade deve cobrar isso diariamente.
É urgente que prefeitos dos 184 municípios do Ceará assumam de forma responsável seu papel. É necessário qualificar equipes, criar protocolos sólidos de proteção animal, fortalecer parcerias com os grupos e protetores que já fazem com recursos próprios o que deveria ser dever do poder público. Também é essencial estruturar abrigos, ampliar campanhas de vacinação e castração, retirar imediatamente os animais das ruas e garantir acompanhamento rigoroso aos animais adotados. Quem adota e não cuida precisa ser responsabilizado com severidade.
A hora é de uma grande mobilização. Justiça, Ministério Público, prefeituras, deputados estaduais e federais, governo do Estado e toda a sociedade precisam se unir. Não podemos mais assistir passivamente à violência contra seres indefesos. Este é um pedido, um alerta e sobretudo um clamor por mudança.
Que o Ceará se torne referência nacional em amor, acolhimento e cuidado com os animais. Que este caso não se transforme em apenas mais um registro de crueldade.
Que seja o ponto de virada para um Estado mais humano. É hora de dar um basta.
