Nesta quinta-feira, 8, o Ministério Público do Ceará e a Polícia Civil do Ceará deflagraram a operação “Sórdida Pecúnia”, em Canindé, no Sertão Central, com o intuito de desarticular uma suposta organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.
A pedido do MP do Ceará, através da 2ª Promotoria de Justiça de Canindé, a Justiça determinou o afastamento por 180 dias de um agente político do município suspeito de colaborar com o grupo criminoso.
Foram presos, durante a ação, o proprietário de uma empresa do ramo da construção e transporte escolar e um homem apontado como chefe de uma facção criminosa que atua na região. Segundo as investigações, os dois seriam integrantes do núcleo financeiro do esquema.
Foram emitidos ainda 16 mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em Canindé e Fortaleza em residências dos investigados e na sede da empresa supostamente envolvida no esquema. Foram apreendidos veículos de luxo e aparelhos celulares, que irão subsidiar as investigações do MP do Ceará. O Poder Judiciário ainda determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de três imóveis e 20 veículos dos alvos da operação.
A investigação apontou, ainda, que além dos alvos já identificados, pelo menos 35 pessoas, entre físicas e jurídicas, estariam envolvidas no esquema.
A operação recebeu o nome de “Sórdida Pecúnia”, expressão em latim que significa “dinheiro sujo”, já que os valores movimentados pelo esquema seriam provenientes de atividades criminosas.