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Editorial: O fim dos Ferreira Gomes, um grupo que tanto fez pelo Ceará

Com a última reunião da Executiva nacional do PDT, é possível afirmar que o grupo dos Ferreira Gomes chegou ao fim depois de décadas únidos em prol do Ceará e até mesmo buscando a implantação de um projeto político nacional. A discordância de 2022 causou uma rachadura na relação dos irmãos.

Não se sabe o que se passou nos bastidores a não ser os próprios Cid, Ciro, Ivo, Lia e Lúcio. Eles não comentam. A crise só veio à público quando estava instaurada e rendeu, entre muitos adjetivos, a alcunha de ‘traidor’ a Cid, por parte de seu irmão Ciro.

Quem perde com essa briga é o próprio Ceará, já que a união dos FGs proporcionou trabalhos consideráveis e impactantes desenvolvidos no Estado em diversas áreas, principalmente na educação, além de terem sido formadores de políticos que hoje se destacam nacionalmente, como Izolda Cela, Roberto Cláudio e Camilo Santana, que mesmo estando em posições opostas atualmente, possuem a mesma referência de inspiração e de padrinhos.

Ciro ainda continuará ativo na política. Agora, com o diretório estadual do PDT em suas mãos, poderá voltar ao seu plano de reconduzir José Sarto à Prefeitura de Fortaleza e não integrará, de modo algum, a base do governo Elmano de Freitas (PT). Assim, o PDT seguirá sendo uma legenda independente, que deve continuar a se posicionar contra o grupo político de Camilo Santana. Sobre a Presidência da República, uma possível nova candidatura de Ciro é desconhecida.

Cid poderá deixar o partido, como sinalizou na reunião da Executiva nacional. O destino é incerto, mas caso isso se concretize, o PDT no Ceará irá desisdratar. Sim! Isso é uma afirmação. Já que, com base na última votação para o diretório estadual, o senador deve levar consigo quase 50 pedetistas, entre prefeitos e deputados.

Ivo deve encerrar sua trajetória política em 2024 ao deixar a Prefeitura de Sobral, como mesmo já declarou, mas sua posição deve ser ao lado de Cid, assim como Lia e Lúcio.

A briga central entre Ciro e Cid deixará uma marca na história política do Ceará. Dois governadores, dois ministros, dois parlamentares, dois prefeitos, dois políticos, dois irmãos que eram inseparáveis e faziam juras de amor e fidelidade, hoje, dividem a política cearense em dois caminhos, com ponto de partida conhecido, mas que ninguém sabe qual será o ponto de chegada.

É o fim de um grupo que deixa um grande legado de união, fraternidade, vida pública e projetos, e o início de um novo ciclo na política cearense.

Editorial do Repórter Ceará

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