Quando se discute qualquer temática hoje em dia, é comum seguir também como regra no jargão que os tempos evoluíram, que as pessoas amadureceram e temos por obrigação separar alhos de bugalhos.
Ora bolas, parece que os tempos congelaram e apenas as palavras passeiam com as forças dos ventos, mas sem qualquer significado de mudanças.
Pois bem. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a poderosa CCJ, levou Flávio Dino para ser sabatinado pelos seus pares, os Senadores da República, acerca da sua aprovação ou não ao Supremo Tribunal Federal – STF, em Brasília, vez que indicado ao cargo pelo presidente Lula da Silva. Um debate solene que se propõe a aferir se o indicado, no caso Flávio Dino, preenchia os pré-requisitos necessários à importância do cargo. Principalmente, sobre o seu notável saber jurídico.
Porém, sabe-se muito bem, principalmente em um país dividido ao meio pela política, que a CCJ passou 10h discutindo tão somente as frases soltas do Dino político-partidário. Até porque, ninguém discute sua capacidade jurídica e técnica. Que é por demais respeitada.
Flávio Dino foi aprovado. Como já era esperado e até aí nenhuma surpresa.
Agora, a confusão nas redes sociais, pasmem, gira em torno do abraço do Senador Sérgio Moro em Flávio Dino. Acho que fazemos parte de um país democrático, civilizado, e de diálogo pleno. Ou não?
Mas tem 48h que Moro tenta justificar um simples abraço ou meros cumprimentos de pessoas que não são obrigadas a terem ideias iguais, mas que tem obrigação da reciprocidade de respeito.
Hoje, o Eduardo Bolsonaro tentou também desmerecer uma simples foto em que trocava ideias com Flávio Dino. Ele, Flávio, deputado federal. Dino, Ministro da Justiça.
Michele Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair, cobra de Moro e Eduardo explicações acerca das fotos.
Pelo visto, as autoridades que andam de terno e gravata por Brasília, se comportam ainda como pretensos reis nus e sem quaisquer propósitos.
Foto: UOL