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Enfermeira de Quixeramobim e pistoleiro são condenados a 35 anos de prisão por assassinato de padrasto em 2022

O crime ocorreu em maio de 2022, na CE-060. A vítima, de acordo com a Polícia Civil, identificada como Luís Carlos Lira Maciel, de 51 anos, foi atraída ao local em que foi morta pela própria enteada

Foto: Ascom SSPDS

Uma enfermeira e um pistoleiro contratado por ela para assassinar o padrasto da mulher em Quixeramobim, no Sertão Central, foram condenados em julgamento realizado nessa terça-feira, 6. Somadas, as penas chegam a 35 anos de prisão. A mãe da profissional de saúde, companheira da vítima, foi absolvida.

O crime ocorreu em maio de 2022, na CE-060. A vítima, de acordo com a Polícia Civil, identificada como Luís Carlos Lira Maciel, de 51 anos, foi atraída ao local em que foi morta pela própria enteada. Ela estava acompanhada da mãe quando inventou uma pane no carro. Ao chegarem na rodovia, o homem foi morto pelo pistoleiro.

Kilvya Mara Barbosa Fernandes e sua mãe foram presas em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, uma semana após o crime. Francisco Claudenir da Silva Gomes, contratado para matar Luís Carlos, foi preso dias depois.

Conforme a Polícia Civil, o pistoleiro foi contratado pelo valor de R$ 7 mil para executar o crime.

O crime, segundo a investigação, foi planejado em razão de Luís Carlos descobrir que a enteada e a companheira estavam envolvidas em crimes de estelionato, inclusive contra ele. Kilvya, segundo a polícia, chegou a realizar o financiamento de veículos no nome do homem e ainda pegou um empréstimo com ele sem a intenção de pagá-lo.

Kilvya Mara foi condenada a 20 anos e seis meses de reclusão por homicídio qualificado após julgamento realizado pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara da Comarca de Quixeramobim. A pena, no entanto, foi reduzida pela metade, pois o júri reconheceu as causas de diminuição de pena de homicídio privilegiado, em virtude de ter agido movida por motivo de relevante valor social ou moral, e da delação premiada, por ter colaborado voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores. Ao final, a pena estabelecida foi de 10 anos e três meses de reclusão, inicialmente em regime fechado.

Francisco Claudenir, o pistoleiro, foi condenado a uma pena de 25 anos, seis meses e sete dias de reclusão, com início em regime fechado.

A mãe de Kilvya foi absolvida.

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