Essas eleições estão se configurando como um verdadeiro ensaio para 2026. As alianças e disputas de hoje darão o tom do futuro político no estado e, possivelmente, no cenário nacional.
Ex-aliados competindo entre si, como temos observado, demonstra a volatilidade e a complexidade das articulações políticas. Isso pode tanto resultar em uma fragmentação que enfraquece todas as partes envolvidas, quanto em uma competição saudável que estimula a renovação e a reafirmação de lideranças. Em qual opção você aposta?
Outro ponto a ser analisado é o impacto dos índices de rejeição dos padrinhos políticos. Candidatos que carregam o peso de líderes tradicionais podem tanto herdar capital político quanto rejeição acumulada, o que torna essa eleição um termômetro para medir a força de grupos tradicionais como o dos Ferreira Gomes. Na campanha de José Sarto (PDT), Ciro Gomes nem aparece, mas está presente em vários palcos nos interiores do estado, como Sobral e Crajubar (Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha).
A imagem e as decisões tomadas por esses políticos, nos últimos anos, influenciam diretamente o futuro de seus aliados. Inclusive, muitos estão buscando se desvincular de figuras com alta rejeição para construir uma identidade própria, como vemos a estratégia de André Fernandes (PL) descolando do Bolsonaro em debates na TV. Outros, como Evandro Leitão (PT) precisam dos seus padrinhos (Camilo Santana e Lula) para conseguir crescer nas pesquisas.
E, lembremos, decisões difíceis são inevitáveis. O atual cenário exige que os candidatos façam escolhas que podem não agradar a todos, especialmente quando equilibram o desejo de renovação com a necessidade de manter certa continuidade. Os eleitores estão mais atentos e exigentes, e as decisões tomadas agora serão determinantes para a construção das próximas campanhas e, sobretudo, para a sobrevivência política de muitos no cenário estadual.