Home 1 Minuto com Sérgio Machado Troca-troca de ministros e a falta de continuidade no governo Lula

Troca-troca de ministros e a falta de continuidade no governo Lula

A instabilidade chama atenção pela quantidade, mas também pelos motivos e pelas consequências que esse movimento gera, especialmente na imagem do governo e na condução das políticas públicas

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Observando essa foto, podemos fazer um jogo de sete erros para identificar quais ministros ainda permanecem, desde quando foram empossados em 2023.

Uma das principais dificuldades enfrentadas pelo governo Lula em seu terceiro mandato tem sido a falta de continuidade em suas próprias equipes. Isso porque, em pouco mais de dois anos de gestão, já foram várias trocas de ministros.

A instabilidade chama atenção pela quantidade, mas também pelos motivos e pelas consequências que esse movimento gera, especialmente na imagem do governo e na condução das políticas públicas.

Entre as mudanças mais notórias, está a saída de Flávio Dino da Justiça para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), substituído por Ricardo Lewandowski.

Também deixaram os cargos nomes como Juscelino Filho (Comunicações), alvo de investigações por uso irregular de emendas; Daniela do Waguinho (Turismo), enfraquecida após a CPI do 8 de Janeiro; Silvio Almeida (Direitos Humanos), que enfrentou críticas internas pela condução da pasta; Carlos Lupi (Previdência), que não resistiu a pressões após crise do INSS; e, mais recentemente, Cida Gonçalves (Mulheres), que também saiu em meio a um processo de reformulação política do governo.

Houve ainda trocas movidas por acordos partidários, como a entrada de André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), para acomodar partidos do centrão, como PP e Republicanos.

Cada nova nomeação implica mudanças de direção, equipes e prioridades dentro dos ministérios. Essa rotatividade compromete a continuidade de programas e ações que, muitas vezes, sequer chegam a ser plenamente implementados.

Tudo isso afeta também a imagem do governo, que passa a impressão de desorganização e de falta de critérios técnicos na escolha de suas lideranças. A prática de nomeações pautadas mais pela governabilidade do que pela competência técnica reforça a percepção de improviso.

E quando nem mesmo dentro do próprio governo se consegue manter estabilidade, o desafio de construir políticas públicas consistentes e de longo prazo se torna ainda maior. Quem será o próximo?

Deixe seu comentário:

Please enter your comment!
Please enter your name here