A notícia de que o deputado federal Júnior Mano (PSB) virou alvo de operação da Polícia Federal levantou uma pergunta inevitável: será que Cid Gomes, que vinha articulando apoio ao nome dele para o Senado, vai manter essa aposta depois dessa?
A investigação apura um suposto esquema de desvio de recursos públicos no Ceará e joga ainda mais dúvida sobre o cenário político para 2026, especialmente sobre a lista de pré-candidatos ao Senado, com os favoritos circulando.
O mais preocupante é que, quando a gente olha para quem está na disputa, percebe que quase todo mundo ali já carregou algum tipo de problema judicial ou polêmica no passado. Em maior ou menor grau, já estiveram ou estão na mira da Justiça ou foram alvo de denúncias.
Parece até repetição de novela. As mesmas figuras, os mesmos enredos e o eleitor sempre no papel de coadjuvante.
É claro que investigação não é condenação. A gente sabe que na política o jogo é pesado e nem tudo que se apura vira sentença. Mas também chama atenção como, num estado com tanta gente capacitada e com histórias de vida e trabalho sério, seguimos insistindo nos mesmos nomes, muitos deles já bem conhecidos pelas polêmicas. O eleitor cearense parece ser colocado sempre diante de um “cardápio” limitado, sem grandes opções de renovação.
Será que o Ceará vai seguir preso a essas velhas figuras ou, quem sabe, abrir espaço para novas lideranças? A política precisa de oxigênio, e o povo, de alternativas. Por enquanto, o que a gente vê é mais do mesmo.