A disputa pelas duas vagas ao Senado no Ceará e a corrida pelo governo estadual em 2026 já dão o tom do embate entre direita e esquerda, com disputas locais alinhadas aos projetos nacionais de Lula e Bolsonaro.
E o Ceará, que sempre teve protagonismo, agora se mostra ainda mais central para os dois lados.
Na disputa pelo Senado, a ala bolsonarista se movimenta para lançar nomes como o Pastor Alcides Fernandes, já abençoado por Bolsonaro, e Priscila Costa, que cresce na base conservadora. Ao mesmo tempo, nomes como Capitão Wagner, Roberto Cláudio e até Ciro Gomes surgem como peças que podem dialogar com esse campo mais à direita.
Do outro lado, o PT tenta organizar a casa com vários pré-candidatos, entre eles estão José Guimarães, Luizianne Lins, Eunício Oliveira, Júnior Mano, Chiquinho Feitosa e Chagas Vieira. O problema é que essa multiplicidade pode mais atrapalhar do que ajudar, favorecendo os adversários.
Essa disputa ao Senado se conecta diretamente com a eleição para o governo. Como a eleição será em dois turnos, a escolha de quem vai para o Senado pode acabar influenciando diretamente quem vai para o segundo turno no governo e vice-versa.
Por trás desses movimentos, o que está em jogo é o posicionamento do Ceará em 2026. Quem sair fortalecido aqui pode se projetar nacionalmente, como aconteceu com Ciro no passado.
A eleição estadual virou uma prévia do que vem aí em Brasília. E os palanques montados no Ceará vão ajudar a dizer se Lula ainda reina no Nordeste ou se os aliados a Bolsonaro conseguem reocupar o espaço na região.
