Hoje pela manhã, a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco, sob acusação de envolvimento com uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Não é o primeiro e, provavelmente, não será o último caso a expor o lado sujo do mercado que sustenta os influenciadores digitais.
Esse caso serve como um alerta sobre como essas personalidades se transformam em verdadeiros desserviços à sociedade, movidas pelo desejo de ganhar dinheiro a qualquer custo. Em vez de promoverem conscientização ou compartilharem informações com relevância social, o foco de muitos está no marketing agressivo e na propaganda vazia com o único objetivo de lucrar e lacrar.
Os influenciadores digitais deveriam servir como uma ponte entre marcas e consumidores de forma ética e transparente. No entanto, a busca por cliques, seguidores e patrocínios transformou as redes sociais em um verdadeiro mercado. Vemos pessoas comuns se tornarem milionárias da noite para o dia, muitas vezes, às custas de falcatruas que incentivam práticas ilegais, como a promoção de jogos de azar.
Mas as redes sociais não são uma terra sem lei. Influenciadores que utilizam suas plataformas para disseminar conteúdos ilegais, agem de forma similar àqueles que produzem fake news. Ambos colocam em risco a integridade social, distorcendo realidades e manipulando informações em benefício próprio.
Por isso, cabe às instituições garantirem que esses conteúdos sejam verdadeiros e éticos para que as redes sociais voltem a ser um espaço de troca positiva e não de conluio criminoso. Esse caso envolvendo Deolane Bezerra mostra que o que está em jogo é a credibilidade de toda uma indústria que precisa rever seus valores e práticas, junto aqueles que possuem o poder de influenciar milhões.